quinta-feira, 11 de agosto de 2011
MEDO
Como posso gritar, se a minha voz foi comprada?
Como posso marchar, se os meus passos são vigiados?
Reina a impunidade nos meus olhos enuviados.
Não me deem ideias,
mão, ação...
Me deixem no meu canto
com a bunda ao chão
Não fui eu, isso eu sei, não fui eu!
Passo
a passos acorrentados.
Como,
durmo e os dias sempre...
tão iguais.
Não cabe à minha boca
os dizeres da minha consciência...
abafo,
no vácuo...
a atitude morta .
Vera Melo - 27/07/11
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