domingo, 5 de fevereiro de 2012

Assim IV





Quando eu acordar desta letargia
verás minhas asas multicor
reluzir contra o sol
e verás o quanto estive
aprisionada em teu ventre.

Chorarás o sal
que amarga a boca
gritarás ao nada
um amor rebelado...
tardio.

Verás que sou praga de sol
que queima e arde em neblina noturna
Que pisarei em aço teu
jardim adormecido de mim.

Me buscarás tardiamente, verás
e sentiras a expressão infinita do mar
em teus olhos levando-me a mar aberto
sem fim.

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